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Adidas: funcionários da empresa fazem greve e reivindicam reajuste e pagamento de salários

Funcionários da empresa em mais de 20 cidades pelo mundo adotaram a medida. Marcas teriam explorado a crise global da saúde para aumentar os lucros e valores da Adidas

A ação dos funcionários da Adidas foi abraçada por sindicatos e levou pessoas para a frente de lojas de varejo e fábricas
A ação dos funcionários da Adidas foi abraçada por sindicatos e levou pessoas para a frente de lojas de varejo e fábricas - Getty Images
Pedro Miranda

Pedro Miranda

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Publicado em 27/10/2022, às 21h39

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Os funcionários da Adidas pelo mundo entraram em greve para reivindicar o reajuste de salários e pagamento de indenizações pendentes. A iniciativa deve ser mantida, pelo menos, até 30 de outubro, e faz parte da campanha Pay Your Workers (Pague seus funcionários, em tradução livre). Mais de 20 cidades se mobilizam na ação endossada por 260 organizações da sociedade civil. A ação foi abraçada por sindicatos e levou pessoas para a frente de lojas de varejo e fábricas.

“Os trabalhadores do vestuário não estão conseguindo alimentar suas famílias. As marcas de moda estão virando as costas. Adidas, é hora de pagar seus funcionários! Pague seus trabalhadores, respeite os direitos trabalhistas”, introduziu a organização.

No início da pandemia de coronavírus, relatórios já apontavam dívida da indústria da moda com funcionários de confecções. De acordo com a campanha, levaria apenas 10 centavos por camiseta para a marca garantir que os trabalhadores da indústria de moda sobrevivessem à pandemia. Segundo dados levantados em relatório, 35 milhões de costureiros ganham um dos salários mais baixos do mundo.

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Marcas teriam explorado a crise global da saúde para aumentar os lucros e valores da Adidas

Sindicalistas e outros ativistas chamaram a atenção para o roubo maciço de salários que ocorreu durante a pandemia, enquanto as marcas tentam capitalizar a crise global da saúde para aumentar os lucros e o valor da empresa.

"A Adidas alega respeitar os direitos dos trabalhadores e, no entanto, uma série de violações ocorreu em uma de suas fábricas fornecedoras, levando a uma greve e três líderes sindicais foram presos. Esse é um exemplo claro de autoridades tentando intimidar sindicalistas e dirigentes na esperança de impedir os trabalhadores de exigirem seus direitos. A Adidas precisa tomar medidas imediatas para apoiar os direitos dos trabalhadores e garantir que algo assim nunca mais aconteça”, acrescentou o porta-voz Patrick Lee.

De acordo com um relatório recente do Worker Rights Consortium (WRC), uma organização independente focada em direitos trabalhistas em todo o mundo, a Trax Apparel, uma fabricante de vestuário que fabrica roupas esportivas, incluindo produtos da Adidas, violou as leis trabalhistas. O documento destaca a demissão ilegal de oito trabalhadores. Em suma, o WRC continua a exigir que a Adidas cumpra suas obrigações com os funcionários, corrija as violações trabalhistas e pague os salários devidos desde o início da pandemia.

*Ilca Maria Estevão, do Metrópole

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