Copom define a taxa básica de juros, a Selic, hoje (21)

O mercado financeiro está dividido sobre a decisão do Copom em relação à Selic. Alguns defendem a manutenção da taxa e outros pedem a sua elevação

Victor Meira   Publicado em 21/09/2022, às 13h35

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Nesta quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC ou Bacen) define a taxa básica de juros, a Selic, para os próximos 45 dias. O mercado financeiro trabalha em duas hipóteses: manutenção dos 13,75% ao ano ou elevação de 0,25 ponto percentual. O anúncio será realizado hoje a tarde. 

No último comunicado do Copom, em agosto, indicou a possibilidade da subida dos juros diante dos riscos de inflação para longo prazo. Entretanto, com a deflação, queda média dos preços dos últimos dois meses, algumas casas de análises econômicas entendem que os dirigentes podem manter a taxa atual. 

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Apesar dessa avaliação, o mercado avalia que ainda é preciso ter cuidado uma vez que os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa tendem a aumentar os juros. Com isso, a entrada de capital estrangeiro no Brasil pode diminuir e valorizar ainda mais o dólar, que pode explodir novamente a inflação no país.

Por isso, alguns dirigentes do Copom podem avançar a taxa de juros para barrar a valorização do dólar e segurar novamente a inflação. 

Até o final de 2022, o Copom se reúne mais duas vezes, em outubro e dezembro. Um grupo de economistas defendem uma Selic de 14% e outro grupo entende que o ciclo de alta já está no final e os juros devem iniciar o movimento de queda em 2023. 

O que é a Selic?

A Selic, também conhecida como Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa básica de juros que serve como referência para as demais taxas. 

Ela é o principal instrumento do Bacen para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom eleva a taxa de juros, o objetivo é segurar a demanda aquecida, logo, a inflação porque quanto maior a demanda por um produto, maior será o seu preço. Desse modo, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica.

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Por outro lado, ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

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