Em seu discurso, Alckmin relatou que a indústria brasileira já foi responsável pelo crescimento econômico do país, mas hoje tem apenas 11% do PIB
Victor Meira Publicado em 04/01/2023, às 16h22
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, assumiu o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quarta-feira (04). O ex-governador de São Paulo defendeu a reindustrialização do Brasil e pediu para a sociedade discutir a reforma tributária.
A pasta foi criada pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Anteriormente, ela estava vinculada ao antigo Ministério da Economia, que era comandado por Paulo Guedes.
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Na cerimônia de posse, Alckmin, que vai acumular a função de ministro e vice-presidente, discursou por quase meia hora destacando os desafios da industrialização do país e as suas prioridades como ministro. O evento contou com a participação de Lula.
“O momento nos impõe trabalharmos incansavelmente pelo emprego e pela distribuição de renda, em apoio à indústria, ao comércio e ao setor de serviços”, disse Alckmin.
O vice-presidente ainda relatou que o sucesso do setor produtivo brasileiro depende da simplificação das regras do sistema tributário como uma forma de favorecer a competitividade nacional.
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“O fortalecimento da nossa indústria passa, invariavelmente, pela redução do custo Brasil e pela melhoria do ambiente de negócios no país. Nesse contexto, a reforma tributária é fundamental", afirma.
Ele ainda comentou que é preciso um esforço para reindustrializar o Brasil com o objetivo de aperfeiçoar a agroindústria e todo o parque industrial para agregar mais valor. Com isso, Alckmin aponta que industrializar o país é uma forma de incluir mais trabalhadores na economia em tarefas não episódicas.
O novo ministro explicou que a indústria induziu o crescimento econômico do Brasil durante boa parte do século XX, mas este setor perdeu espaço a partir dos anos de 1980, na época, a indústria era responsável por cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2021, a produção industrial correspondeu a 11,3% da produção brasileira.
Mesmo com este número, a indústria brasileira foi responsável por quase 70% das pesquisas e desenvolvimento do país e cerca de um terço da arrecadação tributária.
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“A indústria brasileira precisa urgentemente retomar seu protagonismo, expandindo a participação no PIB. As graves mudanças climáticas, o pós-covid e a guerra na Europa [entre Rússia e Ucrânia] indicam a premência de uma política de reindustrialização consensuada com o setor produtivo, a academia, a sociedade e a comunidade internacional”, declarou Alckmin.
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