Síndrome do olho seco: quando a irritação nos olhos é um alerta? Veja alguns cuidados

Mesmo pouco conhecida, estima-se que cerca de 18 milhões de brasileiros convivem com a síndrome do olho seco. Saiba quando a irritação nos olhos é um problema e como tratar

Glícia Lopes   Publicado em 14/12/2022, às 11h59

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O que para nós muitas vezes pode significar apenas uma irritação nos olhos temporária, para a comunidade oftalmologista significa um alerta. A síndrome do olho seco é uma condição até então pouco conhecida, porém, é uma doença crônica que provoca diversos incômodos e requer alguns cuidados.

Segundo a APOS, não existem estatísticas definidas sobre a incidência desta condição, porém, estima-se que cerca de 18 milhões de brasileiros convivem com o problema. Uma pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, realizada entre jovens de 23 a 25 anos de idade, aponta que 34% dos entrevistados apresentaram características da síndrome do olho seco. Nas mulheres o percentual foi bem maior, em comparação com os homens (42% para 24%, respectivamente).

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Fatores de risco para a síndrome do olho seco

É comum sentirmos incômodo nos olhos após um dia longo de trabalho, estudos ou, até mesmo, após um tempo maratonando aquela série preferida. No entanto, para caracterizar a síndrome do olho seco, além da irritação nos olhos, deve-se levar em conta fatores como:

  1. Exposição prolongada às telas: pode fazer com que reduzimos a frequência com que piscamos os olhos, mecanismo responsável pela lubrificação das córneas. Quando piscamos menos, o filme lacrimal que protege o olho pode evaporar mais rapidamente, deixando o olho seco;
  2. Idade e sexo: como mencionado, há maior prevalência da síndrome do olho seco em mulheres, em especial com idade acima de 40 anos;
  3. Muita exposição ao ar condicionado: o vento gelado pode acelerar a evaporação da lágrima que reveste o olho (lubrificação), promovendo a secura dos olhos;
  4. Lentes de contato: se utilizada de forma incorreta pode alterar a lubrificação dos olhos, desencadeando a síndrome;

Além disso, a exposição ao vento direto nos olhos; fumaça de cigarro; a utilização de alguns medicamentos como antialérgicos, anti-hipertensivos e antidepressivos e outras doenças que alteram as funções das glândulas das pálpebras são fatores de risco para a síndrome dos olho seco.

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Saiba como identificar e tratar a síndrome do olho seco

A síndrome do olho seco é considerada uma doença crônica, caracterizada pela redução da capacidade do olho em produzir lágrimas ou pela alteração da qualidade do líquido. Devido a isso, pode acarretar os sintomas de:

Este último sintoma pode surgir em casos mais graves, mas, no caso de persistirem esses sinais, deve-se manter contato com o oftalmologista, a fim de evitar o agravamento da qualidade da visão ou de desenvolver um problema maior. A partir desse contato, deve-se avaliar a intensidade da condição e iniciar o tratamento o quanto antes.

Para amenizar os impactos dos fatores de risco, podem ser adotadas algumas medidas como:

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Como ler mais rápido e melhor?

Já vimos que muito tempo dedicado às telas pode gerar um grande problema para os nossos olhos, certo? Então, que tal aprender como otimizar o tempo que dedicamos à leitura? Seja no papel, ou nas telas, a concentração pode fazer com que esqueçamos a tarefa simples de piscar os olhos. Confira esse artigo sobre como ler mais rápido e melhor, no Blog da Medcel. Além desse material, você encontra tudo sobre concursos, especialidades, títulos e notícias sobre a área médica. Aproveite!

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