Mais de 30 mil militares serão empregados durante as Eleições 2022

Esse tipo de apoio dos militares das Forças Armadas está previsto no Código Eleitoral. As tropas devem atuar em 167 localidades do estado do Rio de Janeiro e outros estados

Pedro Miranda   Publicado em 28/09/2022, às 00h13

Agência Brasil

O Ministério da Defesa anunciou que as próximas eleições exigirão o apoio de cerca de 34 mil militares espalhados pelas Forças Armadas. No próximo domingo, serão empregadas 430 embarcações de pequeno porte, 18 navios maiores, 3 mil veículos e 62 blindados, além de 47 aviões e helicópteros.

A pedido da Justiça Eleitoral, integrantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica atuarão em conjunto com outros órgãos de segurança pública. O Código Eleitoral permite o apoio logístico dos militares. Isso inclui o apoio à manutenção da ordem nos locais de votação, como a disponibilização de urnas em locais remotos, como regiões rurais, territórios indígenas e margens de rios.

As tropas devem atuar em 167 localidades do estado do Rio de Janeiro, conforme determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Maranhão solicitou apoio em 97 localidades. Forças de segurança também serão enviadas ao Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí e Tocantins. Os TREs nesses estados requerem apoio logístico, inclusive em terras indígenas.

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Bolsonaro ironiza e diz que militares devem fiscalizar ‘sala cofre’ no TSE

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na quinta-feira (22/9) que as Forças Armadas pretendem enviar militares para fiscalizar a sala de segurança do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 2 de outubro. O atual chefe do executivo disse sarcasticamente que era "uma sala que ninguém sabe o que acontece lá dentro". A afirmação veio em entrevista a Sikêra Júnior, em que o chefe do Executivo voltou a defender o voto impresso, projeto que foi derrubado pela Congresso Nacional.

Bolsonaro costuma chamar a sala cofre de "sala secreta". No entanto, o TSE já esclareceu que é falsa a afirmação. O local ao qual ele se refere é a Seção de Totalização, onde cerca de 20 funcionários fiscalizam o funcionamento dos programas durante as eleições, e, em caso de falha técnica, fazem os devidos ajustes.

Durante todo o processo, diversos mecanismos de auditoria e verificação dos resultados podem ainda ser acompanhados pelos partidos políticos, pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por mais de uma dezena de entidades fiscalizadoras, além do próprio eleitor.

O TSE informou ainda que a proposta de que a apuração dos votos seja impressa manualmente pelos próprios trabalhadores das assembleias de voto, para substituir a apuração automática nas urnas eletrônicas, não criaria um mecanismo adicional de auditoria, mas representaria a volta ao antigo modelo de voto em papel, marcado por diversas fraudes na história brasileira.

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