Maioria fora do mercado, salário médio de pessoas com deficiência é de R$ 1 mil; diz IBGE

Nesta quarta (21) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou uma pesquisa sobre mercado de trabalho para pessoas com deficiência

Jean Albuquerque   Publicado em 21/09/2022, às 12h31

Canva - Pessoas com deficiência no Mercado de trabalho

A maioria das pessoas com deficiência estão fora do mercado de trabalho, o salário médio desse trabalhador chega a R$ 1 mil, é o que aponta o relatório divulgado nesta quarta-feira (21), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados referentes a 2019.

De acordo com o levantamento, a taxa de participação no mercado desse grupo no período foi de 28,3%, inferior aos 66,3% de pessoas sem deficiência. Isso quer dizer que 7 em cada 10 pessoas com deficiência que procuram trabalho deixaram de procurar por oportunidades. 

Essa diferença também se reflete na questão salarial. Enquanto o salário médio mensal das pessoas com deficiência é de R$ 1.639, a renda média das pessoas sem deficiência é de R$ 2.619 – ou seja, o primeiro público recebe apenas dois terços da renda do segundo.

Esses números são referentes a publicação "Deficiência e Desigualdade Social no Brasil", do IBGE, que analisa dados da Pesquisa Nacional de Saúde. Para o mercado de trabalho, são consideradas as pessoas com 14 anos ou mais.

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País tinha 8,4% pessoas com deficiência em 2019

O relatório também afirma que, em 2019, existiam 17,2 milhões de pessoas com alguma deficiência no país, o que significa 8,4% da população. Veja: 

Trabalho com carteira assinada 

Apenas 34,4% das pessoas com deficiência que estão em atividade têm trabalho com carteira assinada, ante 50,9% que não tem essa condição. O Instituto também destaca que o não sucesso desse grupo na busca por emprego tem diversos motivos, além das barreiras já encontradas no próprio mercado.  

Outras desvantagens 

O levantamento do IBGE destaca que grupos populacionais, como as mulheres e pessoas de cor ou raça preta ou parte tem maior dificuldade no mercado de trabalho. “Há situações nas quais as desvantagens são cumulativas e influenciam a possibilidade de engajamento no mercado de trabalho para conseguir uma ocupação e, sobretudo, uma ocupação formal”, afirma trecho do documento.

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