A última pesquisa Datafolha revela quem os beneficiários do Auxílio Brasil preferem eleger como presidente no próximo domingo, 30 de outubro de 2022
Mylena Lira Publicado em 28/10/2022, às 20h54
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (27) revela quem os beneficiários do Auxílio Brasil preferem eleger como presidente no próximo domingo, 30 de outubro de 2022. Em agosto, o governo federal passou a pagar parcela de R$ 600,00. Porém, os R$ 200,00 extras serão depositados só até dezembro.
Em 2023, conforme Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado pelo presidente Bolsonaro ao Congresso Nacional, a parcela será de apenas R$ 405,00. Portanto, haverá uma redução de 32,5% em relação ao montante pago hoje. Se levar em conta o valor original de R$ 400,00, Bolsonaro quer pagar 1,25% a mais, abaixo da inflação acumulada.
Turbinar o benefício somente no segundo semestre deste ano, justamente no período eleitoral, foi tida como uma medida de Bolsonaro para tentar ganhar mais votos entre as famílias mais vulneráveis economicamente, entre as quais ele sempre teve menos apoio em seu governo.
Porém, o levantamento mais recente feito pelo instituto Datafolha indica que a estratégia de melhorar a ajuda financeira pelo curto período não deu certo. A maioria dos entrevistados (61%) que ganha Auxílio Brasil afirmou que vai votar no Lula (PT). Só 34% disseram que votarão em Bolsonaro (PL).
Essa é a maior distância alcançada pelo petista até agora. Na semana passada, o candidato do Partido do Trabalhador tinha 56% das intenções de voto de quem recebe o benefício social. Portanto, ele subiu 5 pontos percentuais. Seu oponente, ao contrário, viu sua imagem piorar nesse segmento. Perdeu seis pontos percentuais, pois tinha 40% dos votos na pesquisa anterior.
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Ao considerar os entrevistados quem não ganham nem moram com quem recebe o Auxílio Brasil, Lula continua com a preferência dos eleitores. O petista permanece na liderança da corrida presidencial, com 49% dos votos totais. O atual presidente, que tenta a reeleição, tem 44%. No último levantamento, realizado na semana passada, eles tinham 49% e 45%, respectivamente.
Ao considerar somente os votos válidos, excluindo brancos, nulos e indecisos, Lula sobe para 53% e Bolsonaro, para 47%. Portanto, o candidato do Partido dos Trabalhadores aumenta a diferença percentual, que vai de 5 para 6. Na pesquisa Datafolha anterior, a diferença era de 4 pontos percentuais: 52% e 48%.
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Porém, Bolsonaro segue na frente no estado de São Paulo, onde ganhou no 1º turno, com 47,71% dos votos válidos contra 40,89% recebidos por Lula. O instituto indica que, contabilizando só os válidos, o presidente fica com 53% e Lula, com 47%.
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