Home office cresce no Brasil, mas ainda é minoria. Veja os setores que se destacam

Segundo dados do IBGE, 9,5 milhões de pessoas estavam em home office no quarto trimestre de 2022. Trabalhadores com carteira assinada são minoria na modalidade

Pedro Miranda   Publicado em 25/10/2023, às 19h07 - Atualizado às 23h10

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O número de pessoas trabalhando remotamente no Brasil cresceu no ano passado, mas ainda é minoria. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9,5 milhões de pessoas estavam em teletrabalho no quarto trimestre de 2022, o que representa 9,8% do total de ocupados.

O estudo do IBGE mostra que o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas registrou cerca de um quarto (25,8%) das pessoas ocupadas no teletrabalho. Na sequência, foi o setor de atividades por administração pública (11,1%) na educação e saúde.

O levantamento também mostrou que havia mais mulheres ocupadas que realizavam home office (8,7%) que homens (6,8%). Na distribuição por cor ou raça, as pessoas brancas em teletrabalho eram a maioria (11,0%), seguidas por pretos (5,2%) e pardos (4,8%). Quanto à faixa etária, o maior percentual ficou com o grupo de 25 a 39 anos, com 9,7%, acima da média nacional.

Trabalhadores com CLT estavam entre os grupos com menores proporções de ocupados em teletrabalho

Sobre os níveis de instrução, somente 0,6% dos ocupados que não tinham ensino fundamental completo faziam trabalho remoto, utilizando equipamentos de TIC. Com ensino fundamental completo, ou médio incompleto, o percentual atingiu 1,3%. “A maior proporção estava entre aqueles com ensino superior completo: 23,5% realizavam seu trabalho dessa forma pelo menos ocasionalmente”, apontou a pesquisa.

Os empregados no setor privado sem carteira assinada (7,5%) estavam entre os grupos com menores proporções de ocupados em teletrabalho. Os que trabalhavam por conta própria alcançaram 5,7%, e os trabalhadores familiares auxiliares, 2,1%.

O rendimento médio da população ocupada no país ficou em R$ 2.714 no ano passado, mas entre os que fizeram pelo menos um dia de teletrabalho no período de referência, o valor chegou a ser 2,4 vezes maior do que essa média: R$ 6.479.

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