Estagflação em 2023: o Brasil corre riscos reais? Entenda o conceito e soluções em prática

Com o cenário de pandemia, a estagflação foi uma realidade para uma boa parte dos países do mundo que tiveram inflação alta e baixo crescimento econômico

Victor Meira   Publicado em 26/01/2023, às 22h52

Pixabay

Estagflação. Essa é uma palavra que todo governante quer evitar, pois ele reúne a combinação de dois termos que assustam qualquer cidadão: estagnação e inflação. Logo, a associação entre eles pode ser resumida por uma alta acelerada de preços em meio a queda da atividade econômica. 

Será que o Brasil ou o mundo corre o risco de ter uma estagflação em 2023? Quer entender melhor esse fundamento? Então, continue neste artigo para compreender de vez este conceito.

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O que é estagflação?

Como foi mencionado no início do texto, estagflação é a combinação entre a estagnação econômica e a inflação. Em resumo, a economia tem uma alta acelerada de preços com a redução da atividade econômica.

A explicação resumida já é uma preocupação só que ela pode ser pior. Com a queda da atividade econômica, há o risco de aumentar a taxa de desemprego no país. 

Essa situação provoca um dilema do Banco Central tentar solucionar este problema:

se aumentar os juros para reduzir a média geral de preços pode recuar ainda mais atividade econômica;

se reduzir os juros, a atividade econômica pode crescer, mas com o consumo em alta, há uma tendência dos preços crescerem ainda mais.

A estagflação é um problema por dois motivos. A redução da atividade econômica tende a ocasionar a falta de emprego com a economia paralisada. Enquanto que a alta dos preços gera uma queda no poder aquisitivo.  

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O que causa estagflação?

O fenômeno da estagflação não é tão comum assim. Normalmente, ele ocorre em momentos extremos. 

No cenário externo, pandemias e conflitos internacionais podem gerar um choque de oferta, que afetam as economias de diversos países ao mesmo tempo. Este movimento tende a promover uma alta das commodities (matérias-primas), que provocam um avanço generalizado nos preços. 

No cenário interno, a produção local e eventos climáticos podem impactar na inflação e controle de oferta e demanda.

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Há risco de estagflação no Brasil em 2023?

Na avaliação do mercado financeiro, a atividade econômica do Brasil em 2023 deve ser bem mais baixa do que foi observada no ano passado. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, o PIB (Produto Interno Bruto) deve fechar o ano com um crescimento de 0,79%. 

Os dados do PIB de 2022 ainda não foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Contudo, a projeção do último Focus de 2022 foi que o PIB suba 3,04%.

Apesar do crescimento mais baixo, a atividade econômica na casa do 0,79% ainda não é considerada preocupante.

A inflação deve continuar no mesmo patamar do atual no final de 2023, segundo o Boletim Focus. No documento desta semana, os economistas avaliam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deverá ser de 5,48%. No ano de 2022, entre janeiro e dezembro, o IPCA acumulado foi de 5,79%.

Dessa forma, as chances de ter uma estagflação no Brasil em 2023 é improvável.  

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