Técnico em Agricultura

A teoria e a prática da agricultura e da pecuária

Redação   Publicado em 29/01/2007, às 12h45

O técnico em agricultura é o profissional que irá atuar na área agropecuária, que conjuga a agricultura (arte de cultivar a terra) e a pecuária (criação de gado). Basicamente, ele pode orientar produtores sobre como trabalhar melhor a terra e, assim, obter uma maior produtividade; executar atividades ligadas à implantação e condução de lavouras; gerenciar projetos agropecuários; participar de atividades associativistas e cooperativistas – bastante em voga nos dias atuais; e atuar em atividades agroindustriais no processamento de produtos agropecuários.

É possível trabalhar, ainda, no comércio de insumos, máquinas e implementos agrícolas. Empresas públicas e privadas e órgãos fiscalizadores empregam esse profissional, que pode, também, atuar como autônomo na prestação de serviços de assistência técnica e administrativa a empresas e produtores rurais.

CURSOS

O curso técnico em Agricultura é oferecido por algumas instituições brasileiras, boa parte delas localizada em Minas Gerais. Em São Paulo, é ministrado, por exemplo, pela Escola Técnica Estadual (ETE) Paulo Guerreiro Franco, na cidade de Vera Cruz, a 437 quilômetros da Capital. A instituição pertence ao Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, do Governo do Estado de São Paulo. São disciplinas ministradas, entre outras, no curso da ETE Paulo Guerreiro Franco:

Planejamento e administração rural/Planejamento do uso do solo – têm o objetivo de desenvolver nos alunos as competências e habilidades necessárias para o planejamento de projetos agropecuários e do uso do solo, conservação do solo e projetos topográficos;
Produção vegetal I, II e III – aborda a formação e fertilidade do solo, nutrientes, adubações, climatologia, botânica e estrutura das plantas, sistemas de cultivo, propagação das plantas, manejo e condução das lavouras, pragas, doenças e ervas daninhas e seus respectivos controles, colheitas, pós-colheitas e armazenamento das produções agrícolas;
Agricultura orgânica - procura desenvolver nos alunos as competências e habilidades necessárias para a implantação e desenvolvimento de cultivos orgânicos;
Manejo do solo - este componente diz respeito à questão da mecanização agrícola, tanto de tração animal quanto mecânica, compreendendo a regulagem, uso e manutenção das principais máquinas, implementos e ferramentas utilizadas na agricultura;
Viveiricultura/Cultivo protegido - implantação e execução de projetos em ambientes protegidos, ou seja, cultivos em estufas, túneis e viveiros.

MERCADO

“A abertura de novas fronteiras agrícolas no País tem propiciado uma maior demanda de técnicos nos últimos anos”, afirma Pelozo, que considera a área bastante promissora. “Em contato com alunos egressos, verifico que a maioria está exercendo atividades ligadas ao setor agropecuário”. Para o diretor da ETE Pulo Guerreiro Franco, as sub-áreas com maiores possibilidades de trabalho dentro da profissão são: pecuária de pequenos, médios e grandes animais; agroindústria; meio ambiente; florestal; agronegócio; agrimensura; e agricultura familiar.

O salário-base, em média, é de três salários mínimos, independente da subárea de atuação. Para iniciar a carreira, o profissional deverá ter no currículo atividades que complementam o ensino no curso técnico, como estágios extracurriculares em diferentes setores, cursos de capacitação técnica e participação em eventos, tais como seminários e visitas técnicas.