Pesquisa sobre os trabalhadores que atuam em startups revelam que os seus salários podem variar de R$ 2,5 mil até R$ 30 mil
Victor Meira Publicado em 28/12/2022, às 23h52
As startups são um tipo de empresas novas com um modelo de negócios escalável e com uma ideia inovadora que provoca impacto na sociedade, seja com um produto ou serviço que resolve um problema.
Com essa dinâmica, o ranking de startups informa que no ano de 2022 mais de 100 mil empresas deste segmento foram criadas. Por conta desse aumento, o objetivo delas é desenvolver novas estratégias para que o negócio cresça de forma saudável e sustentável.
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Apesar disso, as companhias criam estratégias para fortalecer a área de recursos humanos das empresas. Diante disso, a Convenia, HRTech com soluções voltadas para a automatização e digitalização do RH e do DP, produziu o "Relatório de Cargos e Salários em Startups - 2022".
A pesquisa, que contou com apoio de grandes empresas como a Endeavor, StarSe e Abler, revela que 42% dos profissionais do setor não possuem plano de cargos e salários, contra 57,32% de profissionais que seguem uma política salarial estruturada.
O estudo mapeou a realidade das startups e serviu de subsídio para a construção de planos baseados na realidade de cada companhia. Ao todo, foram entrevistados mais de 606 profissionais de diversas regiões do Brasil. Destas, 471 foram válidas para embasar o relatório.
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"Os dados condizem com a realidade do mercado. Startups mais consolidadas trabalham com uma faixa salarial mais competitiva e próximas de empresas tradicionais, enquanto startups menores ainda possuem mais desafios para reter talentos", explica Marcelo Furtado, CEO e cofundador da Convenia.
O estudo ainda aponta que 53,93% dos respondentes demonstram entender que sua empresa trabalha com uma política de cargos e salários, implementando internamente uma boa comunicação aos colaboradores. Mas, o volume de pessoas que não souberam responder sobe para 14,23%, o que pode indicar uma divulgação falha desta política dentro da empresa ou mesmo a falta de uma política robusta.
Segundo o relatório, os salários médios em startups estão na casa dos R$ 4,5 mil. Ele ainda indica que 40% das rendas obtiveram uma média de até 3,5 salários-mínimos. Já para 26,62%, o valor inicial é de até R$ 7,5 mil. Os outros 32,83% ficam distribuídos nas faixas acima deste valor.
Para aproximadamente 44% dos analistas de startups - maior grupo de cargos desta pesquisa - o salário varia entre R$ 2,5 mil e R$ 4,5 mil. Aqueles com nível júnior puxam a média para baixo e tem uma variação menor de faixas se comparado aos níveis pleno e sênior.
Os cargos de coordenação contam com as faixas salariais mais altas, em comparação às anteriores. Para 77% dos coordenadores, a renda mensal é acima de R$ 6,5 mil. Seguindo essa tendência, o nível de supervisão tem 50% dos respondentes ganhando mais de R$ 6,5 mil.
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Para a gerência, a faixa salarial é mais elevada que a coordenação. Os valores mais altos também começam a aparecer, com salários acima de R$30.000. Apenas para 12,8% dos entrevistados a renda mensal se encontra abaixo de R$7.500.
Para cerca de 85% dos cargos de diretoria, o salário é acima de R$ 10,5 mil, valor mínimo encontrado na pesquisa. Isso representa mais de R$ 3 mil acima do valor mínimo encontrado no cargo anterior. As rendas mais comuns são entre R$ 19,5 mil e R$20,5 mil. Apenas 14,8% dos diretores e diretoras ganham acima de R$ 30 mil.
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