Como usar o 13º salário de forma inteligente? Veja as dicas do CEUB

O 13º salário pode ser uma oportunidade para organizar as finanças, quitar dívidas, investir ou até mesmo presentear. Confira as dicas do especialista do CEUB para aproveitar melhor esse benefício

Victor Meira   Publicado em 15/12/2023, às 23h23

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O 13º salário é um direito de todo trabalhador com carteira assinada, que recebe um salário extra no final do ano. Mas como usar esse recurso de forma inteligente, sem comprometer o orçamento dos meses seguintes? O professor de Administração e Ciências Contábeis do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Max Bianchi, que é especialista em consultoria empresarial, dá algumas orientações para quem quer fazer uma boa gestão do benefício.

Pague as contas

A primeira dica do especialista é quitar as dívidas, principalmente as de curto prazo, que costumam ter juros e multas mais altos. “As aplicações financeiras e investimentos, por melhor que sejam, costumam remunerar abaixo dos valores que são pagos de juros e multas de empréstimos de curto e médio prazos”, explica.

Ele recomenda usar o 13º salário para pagar prestações e boletos atrasados, faturas de cartão de crédito, o saldo devedor de contas especiais e outras dívidas de curto e médio prazos. “Outro aspecto é que, em alguns casos, pode-se utilizar esse dinheiro extra para negociar dívidas junto aos credores, que podem até oferecer um desconto para a quitação ou o pagamento à vista”, acrescenta.

Reserve para o início do ano

Outra dica é guardar parte do 13º salário para quitar as despesas típicas de início de ano, como impostos, matrícula escolar, material escolar, uniforme, entre outras. “O ideal é ter um extra para complementar estas despesas, que costumam pesar no orçamento de janeiro e fevereiro”, alerta.

O professor do CEUB também sugere que adiantar alguns pagamentos de janeiro pode gerar descontos junto às escolas, prefeituras e órgãos públicos e privados. “A medida é válida desde que tenha a garantia de descontos para adiantar esses pagamentos ou, caso não seja possível, a alternativa é aplicar o dinheiro em investimentos de curto prazo e ganhar um pouco antes de sacar para pagar”, orienta.

Compre com desconto

Para quem precisa comprar presentes de final de ano, a dica é barganhar descontos para pagar as compras à vista, recorrendo diretamente ao 13º salário. Essa recomendação é apenas para quem não tem dívidas a pagar.

Segundo Bianchi, os lojistas preferem essa negociação, pois costumam pagar porcentagens dos valores que recebem às empresas de cartão de crédito pelos pagamentos via débito ou crédito. “Nesse sentido, pagar à vista, além de permitir descontos, evita o endividamento com prestações para os próximos meses, que costumam pesar no orçamento dos meses que estão por vir”, afirma.

Invista e poupe

Se o consumidor não estiver endividado, a dica de ouro é investir o dinheiro que sobrou. Para quem está começando e tem um perfil mais conservador, a melhor pedida são os fundos de renda fixa, onde os ganhos não são muito significativos, porém é mais difícil ‘perder dinheiro’. “Nesses casos, o valor aplicado é convertido em quotas e o valor unitário dessas vai variando. Normalmente, o investimento em fundos de renda fixa costuma galgar rendimentos superiores aos da poupança, e é necessário poupar por mais tempo”, explica.

O especialista também alerta para a importância de ter uma reserva para emergências ou, mesmo, ir guardando dinheiro para viagens ou aquisição de bens de valor mais alto, como a troca do carro. “Se puder dispor do dinheiro por mais tempo, sugere-se, além dos fundos de renda fixa, os investimentos em CDB (Certificados de Depósitos Bancários), LTN (Letras do Tesouro Nacional), aplicações em CDI e outras onde o rendimento tende a ser um pouco mais alto, porém este ocorre em prazo mais longo”, indica.

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