Brasil bate recorde histórico de superávit com "novo" boom das commodities

Uma das causas para esse recorde das commodities é o aumento de consumo global após o período da pandemia do Covid-19

Victoria Batalha   Publicado em 03/01/2023, às 11h17 - Atualizado às 11h21

Agência Brasil

O Brasil fechou 2022 com a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), sendo o melhor resultado da história no balanço comercial. No ano passado, o país exportou mais de US$ 63 bilhões, número superior em relação a importação, o maior superávit desde 1989.

Em 2023, a exportação foi de US$ 61.407 bilhões, mostrando um crescimento de 1,5% no ano passado. Os dados foram divulgados na segunda-feira, 2, pela Secretaria de Comércio Exterior pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

As exportações e importações também bateram recorde da série histórica. Em 2022, o Brasil vendeu mais de US$ 335 bilhões para o exterior, um aumento de 19,3% em comparação a 2022 pelo critério da média diária. As compras do exterior somaram US$ 272,697 bilhões, um crescimento de 24,3%.

Só no mês de dezembro, a balança comercial registrou um superávit de US$ 4,779 bilhões, o sexto maior resultado da história para o mês, uma alta de 24,5% em relação a dezembro de 2021. As exportações foram de US$ 26 bilhões enquanto as importações totalizaram US$ 21 bilhões no último mês do ano.

Valorização das Commodities

2022 foi marcado pela valorização das commodities, resultado que surgiu principalmente pelo aumento do consumo global após o pior período da pandemia do Covid-19 e pela guerra no leste europeu. Mesmo com o encarecimento de itens importados da Rússia e Ucrânia, como fertilizantes e trigo. O Brasil acabou se beneficiando com a valorização do petróleo no mercado internacional. Além disso, o país lucrou com a safra recorde de grãos.

O resultado positivo na balança comercial aconteceu devido a alta dos preços internacionais. Em 2022, o volume das mercadorias exportadas teve um aumento de 5,5%, porém o preço subiu em média 13,6%. Do lado das importações, a quantidade comprada teve um crescimento de 2,6% e o preço aumentou 23,4%.

** Este texto contém informações da Agência Brasil

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