84% das empresas estão com dificuldades de contratar profissionais qualificados

Descubra como a escassez de profissionais qualificados está moldando o mercado de trabalho em 2024 e o que as empresas estão fazendo para superar esse obstáculo

Victor Meira   Publicado em 11/03/2024, às 10h28

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O mercado de trabalho em 2024 apresenta um paradoxo intrigante: enquanto a confiança dos profissionais qualificados mostra sinais de recuperação, as empresas enfrentam desafios crescentes para preencher suas vagas com talentos adequados. A 27ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) traz insights valiosos sobre essa dinâmica.

A pesquisa, que é um termômetro do sentimento dos profissionais em relação à economia e ao mercado de trabalho, indica uma diminuição do pessimismo. O indicador consolidado para a situação atual subiu de 38,2 pontos em dezembro para 39,4 pontos em março, marcando o segundo melhor resultado da série histórica. Olhando para o futuro, o índice também registrou um crescimento modesto, sugerindo uma tendência de melhora.

Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half para a América do Sul, observa que as quedas no pessimismo dos últimos trimestres são um estímulo para o mercado agir estrategicamente. “A confiança está se recuperando aos poucos, e é crucial aproveitar oportunidades e superar desafios que estão por vir”, afirma.

O ICRH também destaca uma melhora na perspectiva de todas as categorias de profissionais, desde desempregados até recrutadores e empregados. Comparando com o mesmo período do ano anterior, há um aumento na confiança tanto no presente quanto no futuro.

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No entanto, 84% das empresas relatam dificuldades na contratação de profissionais qualificados, um aumento de 6 pontos percentuais em relação à última edição do ICRH. A maioria dos entrevistados não espera mudanças nesse cenário nos próximos seis meses, e alguns preveem que se tornará ainda mais desafiador.

Apesar dessas dificuldades, as empresas se preparam para acelerar as contratações, com 22% dos recrutadores antecipando uma intenção de contratar mais alta nos próximos meses. As projeções para demissões são baixas, com 65% das companhias esperando manter ou reduzir as taxas de demissão.

Mantovani enfatiza a importância de investir em capital humano e promover uma cultura de inovação para liderar em um mercado competitivo. “Revisar processos, estabelecer metas transparentes e mensuráveis, e proporcionar desenvolvimento contínuo aos profissionais são fundamentais para o sucesso das companhias”, conclui.

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