Sem Boletim Focus, economistas projetam Selic e inflação mais altas em 2022

Diante dos resultados apresentados no 1º trimestre de 2022, os economistas reformularam o cenário de expectativas do PIB, Selic e inflação

Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 30/05/2022, às 14h13

Agência Brasil

Por causa da greve dos servidores do Banco Central, que ocorre desde o início do ano, o Boletim Focus não é publicado com regularidade. A última atualização foi realizada no final de abril e ainda de forma temporária. Neste aspecto, as projeções do mercado financeiro sobre os principais dados da economia estão suspensas

Para sanar parte deste problema, o jornal Valor Econômico fez um levantamento, com as principais casas de análise, sobre a expectativa dos economistas em relação à Selic, a inflação e o PIB (Produto Interno Bruto)

De acordo com o jornalão, foi feita uma pesquisa com cerca de 100 instituições financeiras entre os dias 24 e 27 de maio. 

Sobre a inflação, que é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a estimativa do mercado é que feche o ano de 2022 em 8,9%, um pouco abaixo do índice atual, que está em 12,20%. Com isso, o mercado entende que a tendência é uma desaceleração da pressão inflacionária.

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Para efeito de comparação, a taxa de inflação no Brasil foi de 4,52% e 4,31% nos anos de 2019 e 2020, respectivamente. Em 2021, a pressão inflacionária no Brasil disparou, cujo índice chegou ao patamar de 10,06%.

Assim, o IPCA em 2022 tem a tendência de ser menor do que o ano passado. Embora seja praticamente o dobro do biênio 2019/20.

Pelo menos, a pesquisa indica que a inflação do ano que vem deve perder força. A expectativa do mercado é que ela feche em 4,5%. 

Confira a expectativa do mercado sobre a Selic e o PIB

A pesquisa tem a expectativa que a taxa Selic suba ainda mais em 2022. A tendência é que ela fique em 13,25% até o final do ano. Para o ano que vem, o mercado espera uma taxa básica de juros de 9,5%, acima da última projeção do Boletim Focus, que era de 9,25%.

Por outro lado, as projeções sobre o PIB ficaram um pouco mais otimistas. Com o avanço da atividade econômica no 1º trimestre, os economistas aumentaram a expectativa sobre o crescimento da economia. A reportagem do Valor aponta que a estimativa subiu de 0,8% para 1,4%.

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