São Paulo tem a segunda cesta básica mais cara do país; Veja qual é a 1ª

São Paulo só perde para uma cidade, segundo pesquisa Dieese. Saiba qual e quantas horas é preciso trabalhar para comprar os itens básicos de alimentação

Mylena Lira   Publicado em 07/08/2023, às 15h50

Divulgação

De acordo com dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), a cidade de São Paulo registrou o segundo maior custo para a cesta básica entre as 17 cidades avaliadas em julho de 2023, saindo pelo preço médio de R$ 769,95. Apesar disso, a cesta básica paulistana apresentou uma redução de -1,67% em relação a junho deste ano.

Quando observamos o ranking das capitais com os maiores custos para a cesta básica, Porto Alegre lidera a lista com um valor de R$ 777,16, seguida por São Paulo (R$ 769,95), Florianópolis (R$ 746,66) e Rio de Janeiro (R$ 738,12). Já nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 547,22), João Pessoa (R$ 581,31), Recife (R$ 592,71) e Salvador (R$ 596,04).

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Comparativo em São Paulo

Comparando os valores da cesta básica vendida na capital paulista em julho de 2023 com o mesmo período do ano anterior, os preços dos itens subiram 1,25%. Por outro lado, no acumulado dos primeiros sete meses de 2023, a cidade registrou uma diminuição de -2,70% nos preços.

A pesquisa também apontou que, entre junho e julho de 2023, 11 produtos que compõem a cesta básica apresentaram uma redução nos preços médios. Dentre eles, destacam-se a queda do:

Apenas o preço da manteiga permaneceu estável, enquanto a banana apresentou um aumento de 2,81%.

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Oscilação em SP no último ano

No acumulado dos últimos 12 meses, foi possível observar elevações nos preços de oito dos 13 produtos da cesta básica. São eles:

Por outro lado, quedas acumuladas foram notadas no preço do óleo de soja (-36,21%), leite integral (-14,80%), feijão carioquinha (-13,13%), carne bovina de primeira (-10,03%) e café em pó (-5,91%).

Tempo de trabalho 

A pesquisa também destacou a relação entre o salário mínimo e o tempo de trabalho necessário para adquirir a cesta básica. Em julho de 2023, um trabalhador remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.320,00 precisou trabalhar 128 horas e 20 minutos para adquirir os produtos essenciais.

Em junho, esse tempo foi de 130 horas e 31 minutos, enquanto em julho de 2022, quando o salário mínimo era de R$ 1.212,00, o trabalhador necessitava de 138 horas e 02 minutos.

Considerando o salário mínimo líquido, após os descontos da Previdência Social, o mesmo trabalhador comprometeu 63,06% da renda líquida para adquirir os produtos da cesta básica em julho de 2023, uma redução em relação a junho, quando o percentual gasto foi de 64,13%. No mesmo período do ano anterior, em julho de 2022, o trabalhador comprometia 67,83% da renda líquida para adquirir os produtos da cesta.

Panorama nas demais capitais

A pesquisa mensal realizada pelo DIEESE revelou um panorama variado nas capitais brasileiras em relação ao custo dos alimentos básicos durante o período de junho a julho de 2023. O valor da cesta básica apresentou uma tendência de queda em 13 das 17 capitais analisadas.

Entre essas, destaca-se o declínio mais significativo em Recife, com uma redução de -4,58%, seguido por Campo Grande (-4,37%), João Pessoa (-3,90%) e Aracaju (-3,51%). Em contrapartida, observou-se um leve aumento em Porto Alegre (0,47%), enquanto as demais cidades mantiveram uma relativa estabilidade nos preços, com variações mínimas em Salvador (0,03%), Brasília (0,04%) e Fortaleza (0,05%).

Ao considerar a comparação dos valores da cesta básica entre julho de 2022 e julho de 2023, notamos que 11 capitais experimentaram aumento nos preços, com variações que variaram entre 0,11% em Belo Horizonte e 4,44% em Natal. Por outro lado, seis cidades registraram queda nos preços, sendo Recife (-3,88%), Vitória (-3,74%) e Brasília (-2,32%) as mais notáveis nesse aspecto.

No período acumulado dos primeiros sete meses de 2023, a cesta básica apresentou uma diminuição de custo em nove cidades, com as quedas mais expressivas sendo observadas em Vitória (-7,44%), Goiânia (-6,66%), Belo Horizonte (-6,25%) e Campo Grande (-6,17%). As altas, por sua vez, variaram entre 1,15% em Fortaleza e 5,02% em Aracaju.

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