Sabia que o diabetes aumenta o risco de infecções? Veja os cuidados necessários

Mais de 16 milhões de pessoas enfrentam o desafio diário de viver com diabetes no Brasil. Nesse cenário, a vacinação se torna um elemento crucial no cuidado desses pacientes

Pedro Miranda   Publicado em 29/09/2023, às 13h28

Divulgação/JC Concursos

No Brasil, mais de 16 milhões de pessoas enfrentam o desafio diário de viver com diabetes, e projeções do Ministério da Saúde indicam que esse número pode aumentar para 21 milhões até 2030. No entanto, o que muitos desconhecem é que o diabetes pode agravar infecções, tornando a vacinação um elemento crucial no cuidado desses pacientes.

A coordenadora dos centros de referência em imunobiológicos especiais (CRIEs) de Vitória e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Ana Paula Burian, ressaltou a Agência Brasil que o diabetes é uma das condições que dão a pacientes das redes pública e privada o direito ao acesso à imunização especial.

A elevada concentração de açúcar no sangue, uma característica comum entre pessoas com diabetes, pode comprometer os mecanismos do sistema imunológico, aumentando o risco de infecções graves, com destaque para a hepatite B.

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Pessoas com diabetes têm um risco 50% maior de contrair pneumonia pneumocócica

Conforme Burian, devido à alta concentração de açúcar no sangue, o diabetes torna o ambiente propício para a proliferação de bactérias, vírus e outros micro-organismos. Isso aumenta significativamente o risco de complicações em pessoas com diabetes que contraem hepatite B.

A combinação dessas duas condições pode levar a uma progressão mais rápida para câncer de fígado e cirrose hepática, ao mesmo tempo em que acelera a descompensação do diabetes, resultando em amputações, descompensação renal e cegueira. Portanto, a coexistência de hepatite B e diabetes é prejudicial tanto para a saúde hepática quanto para o controle do diabetes.

A Sociedade Brasileira de Imunizações também destaca que as pessoas com diabetes têm um risco 50% maior de contrair pneumonia pneumocócica e uma probabilidade até 4,5 vezes maior de desenvolverem doenças pneumocócicas graves, como meningite e infecções generalizadas.

O diabetes também aumenta o risco de complicações graves da gripe, incluindo hospitalização e óbito. Entre as vítimas da gripe no Brasil, sete em cada dez tinham alguma comorbidade, e entre essas, de 20% a 30% eram portadoras de diabetes mellitus.

Nos CRIEs, os pacientes com diabetes têm direito à vacina contra a gripe todos os anos e são imunizados com a vacina pneumocócica 23-valente, disponível no Programa Nacional de Imunizações (PNI) apenas para situações de risco específicas.

A situação vacinal contra a hepatite B também é verificada e atualizada, se necessário. A imunização contra esse vírus já faz parte do calendário vacinal, juntamente com a vacina pentavalente, administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade.

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