Romeu Zema (MG) quer congelar salários e concursos públicos por 10 anos: "Recuperação Fiscal"

Deputado diz que Zema mentiu em entrevistas ao afirmar que a adesão ao RRF não impediria a abertura de novos concursos públicos. Veja as críticas da STN a proposta de recuperação fiscal

Pedro Miranda   Publicado em 07/03/2023, às 21h09

Divulgação/JC Concursos

Durante a Reunião Ordinária de Plenário desta terça-feira (7), os parlamentares de oposição da Assembleia Legislativa criticaram duramente a proposta apresentada pelo governador Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais de aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) da União.

A proposta do governo de MG prevê que os salários dos servidores não sejam corrigidos com base na inflação pelos próximos dez anos. Em vez disso, uma taxa específica para cada categoria prioritária seria calculada com base no crescimento vegetativo da folha de pagamento de 2021.

Além disso, a realização de concursos públicos em Minas Gerais seria suspensa por uma década, a menos que haja casos específicos ou cargos vagos em instâncias determinadas. A oposição criticou a medida e acusou o governador de mentir.

Segundo o deputado Ulysses Gomes (PT), o governador mentiu em entrevistas ao afirmar que a adesão ao RRF não impediria a abertura de concursos públicos e recomposições salariais para os servidores estaduais.

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Veja as críticas da STN a proposta de recuperação fiscal do governador de Minas Gerais

Em novembro de 2022, os documentos referentes ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) de Minas Gerais foram encaminhados à Secretaria do Tesouro Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Economia, atual Ministério da Fazenda. A reportagem teve acesso tanto ao texto enviado à União quanto ao relatório que fundamentou os cálculos realizados pelo governo estadual.

No entanto, a análise feita pela Secretaria apontou diversas falhas na proposta de Minas, incluindo a não previsão de correção salarial pela inflação e a suspensão de concursos públicos. Além disso, a pasta criticou o governo em outros treze pontos, alegando que o texto apresentava otimismo em relação às receitas em 2024 e projeções incoerentes em relação aos gastos com pessoal e serviços.

Veja os pontos apontados pela STN:

*Com informações do jornal O Tempo

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