Relator do Orçamento critica Bolsonaro sobre auxílio Brasil de R$ 800; veja o que disse o parlamentar

Senador Marcelo Castro afirma que o atual presidente Bolsonaro tem poder para indicar qual a fonte de pagamento para garantir Auxílio Brasil de R$ 800

Jean Albuquerque   Publicado em 08/09/2022, às 20h58

Canva - Auxílio Brasil de R$ 800

O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu em seu guia eleitoral nesta quinta-feira (8) o Auxílio Brasil de R$ 800, trata-se de um acréscimo de R$ 200 no valor do benefício que hoje é de R$ 600. Com isso, os elegíveis passarão a receber o salário do trabalho acrescido dos R$ 800 do programa de transferência de renda que substituiu o antigo Bolsa Família em 2023. 

No entanto, o relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI),  criticou a promessa feita pelo presidente. Ouvido pelo Valor Econômico, o parlamentar destacou que Bolsonaro tem poder para definir qual fonte de receitas será responsável por custear o valor prometido aos eleitores. 

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Sobre o assunto, o parlamentar criticou o atual presidente: “Vejo como palavras ao vento a nova promessa do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, de aumentar para R$ 800 o Auxílio Brasil, a partir do próximo ano. Ele já havia prometido manter os R$ 600 do benefício, mas quando enviou a proposta orçamentária ao Congresso, no final de agosto, o valor foi mantido em R$ 400. Agora, ele vai além. Promete R$ 800 e não diz de onde vai tirar os recursos para esse acréscimo". 

Também sobre o assunto, o emedebista afirmou que as palavras do presidente exigem uma ação. "Se ele fosse um candidato de oposição, poderia ficar só na promessa. Mas ele é o atual presidente, portanto, as palavras dele exigem também uma ação. Ele já pode apresentar ao Congresso a fórmula para pagar o Auxílio Brasil de 800 reais, a partir de janeiro de 2023. Ou mesmo, a partir de agora. Esperar por quê? Quem tem fome, tem pressa", acrescentou. 

Auxílio de R$ 600 ainda não está previsto em 2023

Mesmo prometendo a continuação do benefício de R$ 600 em 2023, o governo federal não encaminhou a previsão de pagamento ao Congresso Nacional no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Com isso, em janeiro de 2023, o valor médio volta a ser de R$ 405. 

O anúncio na TV também não menciona como o novo valor prometido pelo presidente será pago e nem a previsão para a medida ser implementada. O programa veiculado hoje também criticou o antigo Bolsa Família, ao afirmar que quem era beneficiário do programa anterior não poderia trabalhar.  

*Com informações do Valor Econômico 

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