Reajustes na educação puxa inflação para cima em fevereiro; veja quem foi o vilão do seu bolso

Por outro lado, a taxa de inflação não subiu tanto por causa da deflação observada no setor de vestuário

Victor Meira   Publicado em 10/03/2023, às 11h16

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Mais uma vez a inflação acelerou no Brasil. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em fevereiro foi de 0,84%, bem acima do 0,53% de janeiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado foi impulsionado pelo setor de Educação. 

Apesar da alta, a taxa de inflação acumulada em 12 meses recuou de 5,77% para 5,60%. No ano, o IPCA acumula alta de 1,37% e em fevereiro de 2022, o índice foi de 1,01%.

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Inflação de fevereiro: Vestuário teve deflação e Educação foi vilão

De acordo com a pesquisa do IBGE, em fevereiro, oito dos nove grupos de produtos e serviços apresentaram alta, enquanto o grupo de Vestuário registrou queda pelo segundo mês consecutivo, com uma redução de -0,24%. A Educação teve o maior impacto no índice do mês, contribuindo com 0,35 pontos percentuais, e a maior variação, com um aumento de 6,28%. 

A elevação de 6,28% no grupo de Educação reflete os ajustes habituais realizados no início do ano letivo. Os cursos regulares tiveram uma elevação de 7,58%, impulsionados pelos valores cobrados no ensino médio (10,28%), ensino fundamental (10,06%), pré-escola (9,58%) e creche (7,20%). 

“O subgrupo de ensino fundamental teve o maior impacto individual no índice do mês, contribuindo com 0,15 pontos percentuais. Também merecem destaque as elevações no ensino superior (5,22%), cursos técnicos (4,11%) e pós-graduação (3,44%)”, cita o IBGE.

O grupo de Vestuário foi o único a apresentar variação negativa em fevereiro, registrando uma queda de -0,24%. Essa redução foi impulsionada pelas diminuições nos preços das roupas masculinas (-0,58%) e femininas (-0,45%), bem como das joias e bijuterias (-0,72%).

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Alimentos e bebidas

O grupo de Alimentação e bebidas apresentou uma variação de 0,16% em fevereiro, influenciada pela desaceleração da alimentação no domicílio, que passou de 0,60% em janeiro para 0,04% em fevereiro. 

A queda mais significativa nos preços ocorreu nas carnes (-1,22%), bem como na batata-inglesa (-11,57%) e no tomate (-9,81%), que haviam apresentado alta de preços em janeiro. O destaque positivo foi o leite longa vida (4,62%), que teve aumento após seis meses consecutivos de queda. 

Em relação à alimentação fora do domicílio, houve uma variação de 0,50%, próxima à do mês anterior, com a refeição mantendo a mesma variação de janeiro (0,38%), enquanto o lanche desacelerou de 1,04% para 0,57%.

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