Preço do gás em queda: Petrobras faz nova redução dos valores. Veja quando comprar

Essa redução é resultado das variações nas cotações internacionais do petróleo e nos custos de transporte do combustível. Petrobras havia elevado o preço de referência do produto em 2022

Pedro Miranda   Publicado em 19/07/2023, às 20h22

Divulgação/JC Concursos

Em uma decisão que promete impactar o mercado de energia, a Petrobras divulgou nesta quarta-feira (19) a redução de 7,1% no preço do gás natural vendido a distribuidoras de gás canalizado. A mudança entrará em vigor no dia 1º de agosto deste ano e o repasse aos consumidores dependerá das legislações estaduais.

Conforme a estatal, essa redução é resultado das variações nas cotações internacionais do petróleo e nos custos de transporte do combustível no período entre maio e junho deste ano. É importante ressaltar que o preço do gás natural passa por reajustes trimestrais.

A queda nas cotações internacionais do petróleo foi um dos principais fatores que influenciaram essa decisão, levando a uma acumulada de 25% de redução no preço do gás natural vendido pela Petrobras ao longo deste ano.

Em maio, a empresa havia anunciado a criação de novos contratos para a venda do gás, com a promessa de oferecer um produto mais competitivo ao mercado brasileiro. No entanto, os primeiros contratos assinados acabaram decepcionando a indústria, que esperava cortes mais substanciais.

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A Petrobras havia elevado em 50% o preço de referência do produto em 2022

Os dois primeiros contratos firmados pela estatal estabelecem uma referência de preços cerca de 10% menor do que os contratos vigentes atualmente, conforme cálculos realizados pela Abrace (Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres).

A nova fórmula de cálculo do preço do gás natural representa agora 11,9% da cotação do petróleo Brent nos contratos mais longos, enquanto no modelo anterior esse percentual variava entre 12,9% e 13,9%. Os novos termos foram acordados com as distribuidoras Comgás, de São Paulo, e SC Gás, de Santa Catarina.

Porém, a indústria esperava uma referência ainda mais próxima de 11% do valor do Brent, buscando valores inferiores aos praticados antes da pandemia. Em 2022, a Petrobras havia elevado em 50% o preço de referência do produto, o que resultou em um processo judicial movido por estados e distribuidoras.

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