Preço da cesta básica sobe em mais da metade do país em maio: Saiba impacto nas famílias

Segundo dados divulgados pelo Dieese nesta quinta-feira (6) o preço da cesta básica subiu em 11 das 17 capitais pesquisadas no mês de maio; Saiba mais

Jean Albuquerque   Publicado em 06/06/2024, às 18h40

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A cesta básica subiu em 11 das 17 capitais pesquisadas, com destaque para Porto Alegre, onde as chuvas causaram um aumento de 3,33% no custo dos alimentos básicos, durante o mês de maio.

O vilão do mês foi o arroz, com alta em 15 capitais, devido à redução da oferta por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão no país. Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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Mais uma vez, São Paulo, a capital paulista, lidera o ranking, com a cesta básica custando em média R$ 826,85. No Norte e Nordeste, os preços são mais baixos, com Aracaju (R$ 579,55), Recife (R$ 618,47) e João Pessoa (R$ 620,67) registrando os menores valores.

Mesmo com a alta do salário mínimo em 2024, o Dieese estima que o valor ainda é insuficiente para suprir as necessidades básicas da população. Segundo o estudo, um trabalhador precisaria de R$ 6.946,37 para garantir alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

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As chuvas também dificultaram a pesquisa em Porto Alegre, com a equipe do Dieese conseguindo visitar apenas 73% dos estabelecimentos habituais. Apesar da dificuldade, o estudo não identificou desabastecimento, apenas falta de algumas marcas por problemas de logística.

“A percepção, ao longo da coleta de preços, é de que não houve desabastecimento na cidade, entretanto, algumas marcas ficaram ausentes/faltantes por conta de problemas de logística/distribuição, pois houve interrupção no tráfego de algumas rodovias e alagamentos nos estoques de distribuidoras e/ou caminhões”, informou o Dieese à Agência Brasil. 

Ainda sobre o assunto, o departamento afirma que “em alguns estabelecimentos, havia aviso de limite de unidades por cliente como, por exemplo, leite e arroz. Apesar de tudo, há indicações de que serão/são problemas limitados e pontuais, que não devem continuar ocorrendo, mas desaparecer gradativamente, com o restabelecimento do fluxo de logística, transporte e distribuição”.

A expectativa é que os preços da cesta básica se estabilizem nos próximos meses, com a normalização da logística e a colheita da nova safra de arroz.

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