Pix é o maior meio de pagamento no Brasil; Veja dicas para não cair em golpes

O Pix começou a funcionar em 16 de novembro de 2020 e já se consolida como o maior meio de pagamento no Brasil, segundo a Febraban, mas é preciso cuidado para não cair em golpe

Mylena Lira   Publicado em 16/11/2022, às 16h04

Divulgação

O Pix começou a funcionar em 16 de novembro de 2020 e já se consolida como o maior meio de pagamento no Brasil, segundo a Ferderação Brasileira de Bancos (Febraban). Ele desbancou os tradicionais DOC (documento de crédito), TED (transferência eletrônica disponível), cartão de débito e até mesmo cartão de crédito.

Transações com Pix ultrapassaram as operações de débito em janeiro deste ano e, em fevereiro, superou os pagamentos feitos com cartões de crédito, quando se tornou o meio de pagamento mais usado no país. O levantamento feito pela Febraban usou como base os números do Banco Central.

O Pix foi criado para facilitar as transações financeiras, seja entre particulares ou entre consumidor e fornecedor, por exemplo. Por meio dele, é possível transferir dinheiro na hora pelo próprio celular, sem pagar taxas.

Não há a necessidade de digitar agência, conta corrente ou poupança e CPF para a transferência entre contas bancárias. Basta inserir a chave Pix. Existem mais de 520 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central.

As chaves aleatórias somam 213,9 milhões, seguidas das chaves por CPF (114,2 milhões), celular (108,3 milhões), e-mail (77,5 milhões). Até outubro, 141,4 milhões de brasileiros já tinham usado o Pix em seus pagamentos. De acordo com as estatísticas de setembro, 64% dos usuários têm entre 20 e 39 anos e a maior parte está na região sudeste:

Segundo o presidente da Febraban, Isaac Sidney, últimos 12 meses, houve aumento de 94% das operações com o Pix. Só em setembro deste ano foram transacionados mais de R4 1 trilhão por meio da ferramenta. “Os números mostram que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como por exemplo, em transações com profissionais autônomos, e também para compras do dia a dia, que seriam feitas com notas”, ressalta o diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, Leandro Vilain.

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Não caia em golpes do Pix

A facilidade abriu margem para diversas fraudes envolvendo o o Pix. Criminosos se aproveitam dessa ferramenta tecnológica que permite o pagamento em poucos segundos, a qualquer hora ou dia, para aplicar golpes nas pessoas.

A Receita Federal já alertou que criminosos estariam se passando por supostas empresas e convencendo tomadores de empréstimos de que o valor só seria creditado após o pagamento do IOF via Pix. Os fraudadores fornecem documentos falsos de notificação e de arrecadação que induzem o cidadão a recolher taxas inexistentes para a liberação do empréstimo.

Outro golpe comum, conhecido como golpe do "Rei do Pix", é a promessa de multiplicar em mais de 10x o valor repassado via Pix. Os bandidos, principalmente em perfis nas redes sociais, como o instagram e o Twitter, pedem que transfiram R$ 50,00 para receber R$ 500,00 de retorno, por exemplo.

Porém, nem todo mundo que envia a quantia solicitada recebe o valor multiplicado de volta, sendo bloqueada na sequência. E mesmo quando o golpista transfere a grana, quem participa da transaçao não sai na vantagem porque está sendo usado para um esquema de crime de estelionato. Isso porque você será o laranja que permitirá a ele trocar dinheiro "sujo", obtido por meio de contas e cartões clonados de outras pessoas, por dinheiro "limpo", vindo da sua conta bancária regular.

E o golpe do pix agendado? Já ouviu falar? Você já deve ter visto a possibilidade de agendar a transferência de determinada quantia via Pix. Ocorre que golpistas viram nessa opção uma forma de lesar vítimas: é o golpe do Pix agendado. Eles contratam serviços ou compram produtos, mas ao invés de pagarem na hora, programam a transferência para data futura.

Na sequência, manipulam o comprovante com aplicativos de edição de imagem para omitir o agendamento e enviam ao vendedor como se a transferência já tivesse sido feita. Assim, conseguem o produto, mas na sequência cancelam o agendamento e a pessoa que já entregou o item fica no prejuízo, sem receber o dinheiro. Algumas atitutes podem evitar cair nesse golpe:

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