Petiscos da empresa Bassar podem ter intoxicado e matado mais de 50 cachorros

O primeiro caso de evenenamento dos cachorros foi identificado pela Polícia Civil de Minas Gerais. Intoxicação foi confirmada em ao menos dois produtos da Bassar

Pedro Miranda   Publicado em 05/09/2022, às 23h18

Divulgação/Bassar

Mais de 50 cães são suspeitos de terem morrido após comerem petiscos fabricados por uma empresa em São Paulo. A pesquisa foi realizada pelos próprios tutores dos animais que se organizaram em um grupo de Whatsapp. Até esta segunda-feira (5), o número de cães que morreram após comerem as guloseimas produzidas pela Bassar em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, chegou a 52.

A advogada Nayele Guidetti, que mora em São Paulo, foi quem deu início ao grupo. No início de agosto, ela perdeu Zeca, um buldogue francês de 8 anos que de repente sofreu uma grave crise renal e não sobreviveu apesar de todo o tratamento hospitalar. Nayele só fez a ligação com o que aconteceu com o cachorro um mês após a morte dele, quando surgiram as primeiras notícias do envenenamento pelo petisco.

De fato, o primeiro caso foi identificado pela Polícia Civil de Minas Gerais. A advogada Silvia Valamiel defende alguns tutores no estado e diz que a indenização é necessária. O número de animais envenenados pode ser muito maior.

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Ministério da Agricultura confirmou intoxicação de ao menos dois produtos da Bassar

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirmou que pelo menos dois produtos estavam contaminados: um lote do petisco Every Day sabor fígado e o petisco Dental Care. Ambos são produzidos pela Bassar, cuja fábrica inteira em Guarulhos foi interditada pelo ministério na sexta-feira (2).

Os petiscos também são recolhidos em lojas e armazéns e proibidos de serem vendidos. A polícia do estado de Minas Gerais também está investigando o caso. O primeiro caso de intoxicação foi confirmado em Belo Horizonte.

A Bassar Pet Shop disse em comunicado que interrompeu toda a produção em sua fábrica até que as suspeitas de contaminação fossem esclarecidas. A empresa também enviou amostras dos produtos para laboratórios para demonstrar a segurança e conformidade dos itens, e se solidarizou com os donos dos animais de estimação.

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