Pedido para verificar se Lula realmente está vivo é negado; “acusações genéricas”, diz STM

Advogado coleciona pedidos confusos, baseados em teorias conspiratórias e fake news. Além de verificar se Lula está vivo, ele também pediu a prisão dos ministros do STF

Pedro Miranda   Publicado em 20/12/2022, às 21h11

Reprodução/Instagram Lula Oficial

Nesta terça-feira (20), o pedido de um advogado que listou pelo menos 17 solicitações, incluindo a prisão dos ministros Alexandre de Morais, Luís Roberto Barroso, além de verificar se o presidente eleito Lula da Silva (PT) realmente está vivo foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça Militar (STM). Na decisão, o ministro do STM, Artur Vidigal, considerou as alegações do advogado Wilson Ossao Koressawa “genéricas”.

Vidigal afirmou que a competência do STM é o processamento e ajuizamento dos crimes militares, e concluiu destacando que o Tribunal Superior Militar não tem competência alguma para processar o que foi requerido. O primeiro pedido do advogado foi verificar, por meio do Sírio Libanês, se o presidente eleito realmente está vivo, pois haveria uma sósia o representando na sociedade.

Também houve pedidos de prisão de contas bancárias e confisco de passaportes do senador David Alcolumbre (União), do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e dos ministros Morais e Barroso. O advogado alega, sem provas, que as autoridades violaram o processo eleitoral de 2022, dada a falta de respeito pelos princípios constitucionais e legais.

Ele afirmou que as medidas tomadas pelas autoridades prejudicaram a campanha de Jair Bolsonaro (PL), que acabou levando à vitória de Lula. Quanto aos senadores, o advogado alega que eles se omitiram para impedir a tramitação de pedidos de impeachment contra integrantes do STF.

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Advogado coleciona pedidos confusos, baseados em teorias conspiratórias e fake news

O ex-juiz Wilson Issao Koressawa solicitou o pedido no dia 8 de dezembro. Negado pelo STM nesta terça-feira (20), ele havia entrado com uma representação criminal e notícia-crime solicitando a prisão preventiva do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no Superior Tribunal Militar (STM).

Koressawa reúne uma coleção de pedidos judiciais duvidosos como advogado. Isso inclui teorias da conspiração e solicitações baseadas em notícias falsas que confundem juízes.

O advogado ficou em sétimo lugar no concurso do TJAP para substituir juízes de direito. O cargo dele foi nomeado em 5 de abril de 1994. De acordo com uma portaria publicada em 25 de junho de 2001, seis anos depois, o servidor foi exonerado do cargo, a pedido dele mesmo.

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