Nova REGRA do governo pode fazer o Diesel ficar mais caro (e limpo!)

CNPE aprovou na última sexta-feira (17) resolução que aumenta para 12% a mistura de biodiesel no Diesel vendido no país; Saiba todos os detalhes

Jean Albuquerque   Publicado em 19/03/2023, às 11h33

Canva - Diesel

Uma nova regra adotada pelo governo federal pode fazer com que o Diesel fique mais caro e limpo. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou, na última sexta-feira (17), resolução que aumenta para 12% a mistura de biodiesel no combustível vendido no país, a partir de abril de 2023. 

A decisão foi tomada em reunião e contou com a presença do presidente do Conselho, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, do vice-presidente, Geraldo Alckmin e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

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Adição de biodiesel na composição do diesel irá crescer

A partir da aprovação do colegiado, a adição de biodiesel na composição do diesel irá crescer dois pontos percentuais já em abril deste ano, o que representa o aumento do atual patamar de 10% (mistura B10) para 12% (mistura B12). 

Ainda sobre o assunto, a norma ainda prevê maior elevação ao longo doa anos, a exemplo do aumento para 13% (mistura B13) em abril de 2024, para 14% (mistura B14) em abril de 2025 e para 15% (mistura B15) em abril de 2026.

O ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira destacou que a medida oferece segurança e previsibilidade ao setor e, ainda, "incentiva a geração de empregos e investimentos na área de biocombustíveis e contribui para a redução das importações". 

Além disso, Silveira ressaltou que a medida resgata o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, que reforça a estratégia, com a liderança do presidente Lula, da transição energética, "contribui para consolidar o Brasil como um dos maiores produtores de biocombustíveis no mundo”, disse. 

Diesel mais caro 

A nova regra irá provocar um aumento no preço do diesel, a previsão é de que a elevação seja de 2 centavos na bomba para o consumidor. O ministro, ao sair da reunião, conversou com a imprensa sobre o assunto. 

Silveira explicou que sua equipe realizou "estudos técnicos profundos para evitar que tivesse um impacto econômico muito grave no preço do diesel e, portanto, chegamos à conclusão que o número mais coerente [é de 12%], que não impacta praticamente nada, um centavo a cada 1% do aumento da composição". 

A data prevista pelo CNPE pode ser antecipada a partir da oferta e demanda de biodiesel e os impactos econômicos observados pelo conselho. A estimativa da pasta é de que a produção nacional de biodiesel passe de 6,3 bilhões para 10 bilhões de litros anuais, entre 2023 e 2026. E ainda a estimativa da redução de importação de 1 bilhão de litros de óleo diesel em 2023 e de 4 bilhões de litros em 2026.

*Com informações da Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia 

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