Minha Casa, Minha Vida em SP: imóveis estão cada vez menores, indica estudo

Imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida em SP diminuem 5m² em 5 anos, apertando lavanderias e corredores. Comprador precisa planejar disposição de móveis

Victor Meira   Publicado em 17/02/2023, às 23h40

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Um levantamento realizado pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda e Administração de Imóveis mostra que o tamanho médio dos lançamentos residenciais do Minha Casa, Minha Vida, anteriormente atendida pelo programa Casa Verde e Amarela, diminuiu 5,3 m² em cinco anos na cidade de São Paulo.

Em 2018, a área útil média desses empreendimentos era de 40,9 m². Em 2022, ela caiu para 35,6 m².

Na capital paulista, somente quatro incorporadoras atendem o mercado de projetos econômicos: Cury, MRV, Plano & Plano e Tenda. A Plano foi a que mais reduziu o tamanho dos lançamentos, que foi de 40,2 m² em 2017 para 33,3 m² em média em 2022.

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Para o G1, a diretora de incorporação da empresa, Renée Garófalo Silveira, a razão para a queda da metragem dos apartamentos tem relação com a diminuição da renda das famílias. Além disso, dois fatores podem explicar a deterioração da renda foram: 

Diminuição dos imóveis tirou corredores e as lavanderias

Antes, as lavanderias eram uma área anexa às cozinhas, mas nas novas plantas das incorporadoras, elas invadem o espaço das cozinhas, ficando de frente para a bancada da pia e geladeira. Já os corredores que costumavam ligar os grupos cozinha-lavanderia e sala-quarto-banheiros foram diminuídos.

Para aproveitar o espaço em apartamentos com um dormitório, a Plano decidiu incorporar o banheiro ao quarto, visando oferecer uma área maior para os outros ambientes. Contudo, a falta de espaço pode ser um desafio para quem precisa acomodar uma cama de casal e armários no quarto.

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Com a redução de espaço, a solução para acomodar todos os móveis e eletrodomésticos é planejar muito bem a disposição de cada item nos cômodos. Para isso, muitos compradores optam por móveis planejados sob medida. No entanto, essa opção costuma ter um valor mais alto, o que pode pesar no bolso de quem já suou para encaixar a parcela do imóvel no orçamento.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, responsável pelo programa, a redução do tamanho dos imóveis é resultado de uma estratégia para atender a um público mais amplo, que inclui pessoas solteiras, casais sem filhos e famílias menores. Ainda segundo o banco, a área mínima do imóvel depende do número de dormitórios, que pode variar de 40 a 60 metros quadrados.

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