Mais Médicos: governo Lula quer acelerar programa para atuação em território Yanomami

Território Yanomami é o mais carente em profissionais de saúde. Cerca de 11 mil casos de malária e morte de 570 crianças pela doença foram registradas em 2022 na região

Pedro Miranda   Publicado em 23/01/2023, às 20h21

Agência Brasil

O Ministério da Saúde estuda agilizar as datas de publicação do edital do Programa Mais Médicos. A medida permitiria recrutar tanto profissionais estrangeiros quanto brasileiros formados em medicina. O anúncio foi feito neste domingo (22) na Sala de Situação, que foi formada para dar suporte às ações atuais voltadas para os problemas de saúde dos povos Yanomami.

Segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde, Nésio Fernandes, por meio de um único edital, quando esgotadas as vagas para brasileiros, os cargos remanescentes serão automaticamente cedidos para brasileiros formados no exterior. As vagas serão repassadas para estrangeiros que queiram participar, para que haja um processo mais ágil.

A ideia é otimizar o trabalho e prestar assistência em áreas indígenas.A pasta indica que o governo federal pretende dar continuidade ao financiamento de um edital que contém 77 profissionais médicos lotados na área Yanomami.

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Território Yanomami é o mais carente em profissionais de saúde

O Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami é um dos que mais carece de profissionais entre os territórios, com apenas 5% das vagas ocupadas. Por isso, a necessidade de um novo edital formulado já a partir desta semana, contemplando a necessidade da saúde indígena.

“Tínhamos um edital só para brasileiros. Só em seguida que faríamos um edital para brasileiros formados no exterior e, depois, para estrangeiros. Frente à necessidade de levarmos assistência à população dos distritos indígenas, especialmente aos Yanomami, queremos fazer um edital em que todos se inscrevam de uma única vez”, explica o secretário Nésio Fernandes.

Durante visita à região neste sábado (21), Lula disse que a situação dos povos Yanomami, em Roraima, é desumana. Em Boavista, Lula testemunhou em primeira mão a crise de saúde que afeta a população local. Em 2022, os territórios Yanomami registraram 11.530 casos confirmados da doença e morte de 570 crianças. 

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