Lira defende orçamento secreto e diz que regular os institutos de pesquisas

Presidente da Câmara dos Deputados reclamou que, na sua avaliação, houve resultados discrepantes entre os dados das pesquisas eleitorais e as eleições

Victor Meira   Publicado em 11/10/2022, às 17h15

Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu as emendas de relator, também conhecidas como orçamento secreto, como um instrumento transparente e que garante a independência do Poder Legislativo em relação ao Poder Executivo. A entrevista foi concedida em entrevista ao portal UOL.

Ele refutou a alcunha popular das emendas ao dizer que a liberação dos recursos atende diretamente os interesses da população e dos municípios. 

Todas as emendas são cadastradas e enviadas para o ministério, são empenhadas, liberadas e fiscalizadas, principalmente, porque dos R$ 16 bilhões, metade vai para saúde. Nós sabemos do subfinanciamento da tabela SUS, e é isso que vem salvando o custeio da saúde” disse Lira.

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Lira ataca instituto de pesquisas 

Segundo Lira, a diferença entre os resultados eleitorais e os institutos de pesquisas podem induzir o eleitor ao erro. “Não tenho nenhuma indicação de como vamos fazer essa responsabilização objetiva penal. Na minha visão, a empresa de pesquisa, que recebe para fazer pesquisa, teria de ressarcir, ser multada. Você não pode errar em 20, 15, 10 pontos, isso não é erro, isso é direcionamento. É um serviço malfeito que induz eleitores de boa-fé”, disse o presidente.

Ele ainda criticou o posicionamento de alguns veículos de imprensa, que reclamaram informaram que a intenção dos parlamentares bolsonaristas é criminalizar as pesquisas eleitorais, em razão de alguns levantamentos feitos na véspera do pleito deste ano.

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Lira afirmou que um eventual projeto de lei não para criminalizar os institutos de pesquisas, mas de promover a sua regulação  com regras, uniformização de métodos e punição para erros que estejam muito acima da margem de erro.

O presidente da Câmara usa os exemplos de Itália e França, que proíbem a divulgação de pesquisas eleitorais dias antes das eleições. Além disso, ele diz que a proposta prevê o mesmo espaço de divulgação nos meios de comunicação de todas as pesquisas e institutos.

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