Implantes da Neuralink prometem transformar vida de pessoas com paralisia cerebral

Empresa planejava implantar seu dispositivo em dez pacientes, mas precisou fazer reajuste na quantidade de pessoas. Elon Musk demonstrou grande ambição para a Neuralink

Pedro Miranda   Publicado em 20/09/2023, às 12h31

Divulgação/Neuralink

A Neuralink, a visionária startup de chips cerebrais liderada pelo empresário Elon Musk, revelou na terça-feira (19) que obteve a luz verde de um conselho de revisão independente para iniciar o recrutamento de participantes em um ensaio pioneiro envolvendo seu avançado implante cerebral, com foco na recuperação de pacientes que sofrem de paralisia.

A empresa está buscando voluntários que enfrentam paralisia devido a lesões na medula espinhal cervical ou à esclerose lateral amiotrófica (ELA) para participar deste estudo de vanguarda. A Neuralink não divulgou o número exato de participantes que farão parte do ensaio, que se estima terá duração de aproximadamente seis anos.

Este estudo inovador empregará um robô cirúrgico para implantar uma interface cérebro-computador (BCI) em uma área do cérebro que controla os movimentos. A Neuralink planeja possibilitar que os participantes controlem um cursor ou um teclado de computador apenas com seus pensamentos, oferecendo uma perspectiva emocionante de independência para aqueles que enfrentam a paralisia.

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Especialistas alertam que ainda serão necessários mais de dez anos para obter a autorização

Inicialmente, a empresa planejava implantar seu dispositivo em dez pacientes, mas após preocupações de segurança levantadas pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), a Neuralink ajustou o tamanho do grupo de pacientes. Os detalhes sobre a quantidade final de pacientes aprovados pela FDA ainda não foram divulgados.

Elon Musk demonstrou grande ambição para a Neuralink, enfatizando que a tecnologia poderia possibilitar a rápida implantação cirúrgica de seus dispositivos de chip para tratar diversas condições médicas, como obesidade, transtorno do espectro autista, depressão e esquizofrenia.

Embora a Neuralink tenha recebido a autorização da FDA para realizar seu primeiro teste clínico em humanos em maio, a empresa já estava sob escrutínio federal devido a questões éticas relacionadas à pesquisa em animais.

Mesmo com a aprovação do BCI da Neuralink para uso humano, especialistas alertam que ainda serão necessários mais de dez anos para obter a autorização para comercialização dessa tecnologia inovadora, respeitando as rigorosas regulamentações médicas.

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