Escolas serão obrigadas a oferecer atendimento especializado para crianças com autismo

O atendimento especializado para crianças com autismo (Transtorno do Espectro Autista - TEA) deverá ser ofertado por escolas públicas e privadas, sem custo extra

Mylena Lira   Publicado em 08/11/2023, às 21h13

Divulgação/Agência Brasil

Na última terça-feira (7), a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei crucial que estabelece o direito à oferta de atendimento especializado para crianças com autismo (Transtorno do Espectro Autista - TEA).

Essa iniciativa se aplicará tanto às escolas públicas quanto às privadas. O projeto, originado a partir do PL1874/15, proposto pelo ex-deputado Victor Mendes (MA), recebeu um substitutivo da deputada Helena Lima (MDB-RR) e agora seguirá para avaliação no Senado.

De acordo com o texto aprovado, as escolas privadas estão proibidas de:

Uma das principais diretrizes do projeto é a inclusão de tópicos sobre o Transtorno do Espectro Autista na formação dos profissionais da educação que atuam na educação infantil. O objetivo é proporcionar o reconhecimento dos sinais precoces do transtorno e encaminhar os alunos para ações e serviços de saúde pública voltados ao diagnóstico precoce.

Política Nacional

Além de garantir atendimento educacional especializado gratuito, o projeto também enfatiza a inclusão na Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Esta inclusão visa assegurar as condições necessárias para o desenvolvimento intelectual, social e afetivo dos alunos com autismo, não apenas no ambiente escolar público, mas também em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos que atuem exclusivamente na modalidade da educação especial.

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O que é o autismo e seu impacto no aprendizado 

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica que afeta a comunicação, interação social e comportamento. As manifestações do autismo podem variar amplamente, desde dificuldades na comunicação verbal e não verbal até padrões repetitivos de comportamento.

Essas características podem afetar significativamente a maneira como uma pessoa aprende e interage em ambientes educacionais, como salas de aula. Alunos com TEA podem enfrentar desafios no aprendizado devido a diferenças na percepção sensorial, dificuldades na interação social, comunicação e adaptação a mudanças.

A presença de profissionais de apoio especializado pode ser fundamental para adaptar estratégias de ensino, oferecer suporte individualizado e garantir um ambiente inclusivo que atenda às necessidades específicas desses alunos, promovendo assim seu pleno desenvolvimento educacional e social.

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