Economia criativa brasileira deve gerar 1 milhão de empregos até 2030

O aumento no número de empregos ocorrerá tanto no mercado formal quanto no informal. Profissões da economia criativa estão dispersas em vários setores

Pedro Miranda   Publicado em 01/09/2023, às 19h19

Agência Brasil

Uma nova pesquisa do Observatório Nacional da Indústria (ONI), braço de análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou que a economia criativa no Brasil está se preparando para um crescimento notável nos próximos anos. O estudo aponta que a economia criativa, que atualmente contribui com 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, está destinada a criar um milhão de novos empregos até 2030.

A economia criativa já emprega cerca de 7,4 milhões de trabalhadores no Brasil, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o 4º trimestre de 2022.

Esse número pode aumentar para 8,4 milhões até 2030, representando um crescimento significativo em um setor diversificado. Márcio Guerra, gerente-executivo do Observatório, ressaltou que essa expansão está relacionada à necessidade de inovação e criatividade em toda a sociedade, não apenas na indústria.

Ele também destacou a importância da cultura digital, que impulsionará a demanda por empregos relacionados à economia criativa nos próximos anos.

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O aumento no número de empregos ocorrerá tanto no mercado formal quanto no informal 

As profissões da economia criativa estão dispersas em vários setores, incluindo empreendedorismo, indústria, serviços e tecnologia. Guerra enfatizou que o crescimento dos empregos na economia criativa será liderado pela dimensão tecnológica e pelo desenvolvimento de produtos digitais.

Guerra também explicou que o aumento projetado no número de empregos ocorrerá tanto no mercado formal, com carteira assinada, quanto no mercado informal. Isso é evidenciado pela média salarial mais alta dos profissionais da economia criativa, que possuem 1,8 ano a mais de estudo do que profissionais de outras áreas e recebem salários 50% maiores, com uma média de R$ 4.018, em comparação com a média de R$ 2.691 em outros setores.

A pesquisa revela que a economia criativa se concentra principalmente em micro e pequenas empresas, especialmente nas áreas de moda, publicidade e serviços empresariais. No entanto, a tecnologia está desempenhando um papel crescente, com artesanato e moda agora incorporando tecnologias como impressão 3D. O uso de softwares também está se tornando comum nas pequenas empresas, impulsionando a criação de novas peças e aprimorando processos criativos.

A pesquisa do ONI indica que as cidades brasileiras com maior potencial de emprego na indústria criativa incluem Florianópolis, Vitória, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Setores como publicidade e serviços empresariais, desenvolvimento de softwares, serviços de tecnologia da informação, arquitetura, cinema, rádio e TV, bem como design, devem liderar a criação de empregos na indústria criativa nos próximos anos.

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