Cresce preocupações com a nova variante da Covid-19. Veja regiões em destaque

Primeira morte em decorrência da nova variante da Covid-19 foi registrada ontem, em São Paulo; laboratórios apontam aumento de testagem positiva; veja

Jean Albuquerque   Publicado em 09/11/2022, às 10h12

Agência Brasil - Nova variante da Covid-19

A primeira morte em decorrência de contaminação da nova subvariante da Covid-19, Ômicron, a BQ. 1, no país, foi confirmada pela Secretaria de Saúde de São Paulo na tarde desta terça-feira (8). A paciente era uma mulher de 72 anos, que foi atendida no Hospital de São Paulo no dia 10 de outubro. 

As informações repassadas pelo governo do Estado dão conta de que a idosa tinha comorbidades de base, ou seja, acamada com úlceras infectadas e problemas cardíacos. Ela morreu sete dias depois da entrada na unidade de saúde. 

Nas últimas semanas, epidemiologistas têm alertado para uma nova onda de casos do vírus no país. Laboratórios particulares e farmácias em todo o Brasil têm registrado o aumento no número de testes para Covid-19. 

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O  Instituto Todos pela Saúde (ITpS) realizou um levantamento que aponta o aumento de exames positivos para doença, que passou de 3% para 17% em laboratórios particulares em apenas um mês, o que representa um aumento de 566%. 

Neste caso, esse aumento foi registrado, sobretudo, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, ganhando destaque os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso. Também foi registrado pelo ITpS a alta procura por testes durante todo o mês de outubro no país. 

Em Mato Grosso, os testes saltaram de 3% para 18% entre os dias 22 e 29 de outubro, isto significa que foram registrados seis vezes mais diagnósticos. Durante o mesmo período, em SP, os resultados positivos subiram de 10% para 19%. Já no Rio, de 15% para 26%.

Em relação às farmácias, os exames positivos voltaram a crescer. De acordo com informações da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), das 14.970 testagens que foram realizadas de 17 a 23 de outubro, 2.320 (15,5%) apresentaram diagnóstico positivo. Na semana anterior, a taxa havia sido de 9,36%.

O epidemiologista e pesquisador da ITpS, Anderson Brito, ouvido pela BBC News Brasil, esclarece que a alta de testes positivos mostra tendência de surgimento de uma nova onda em algumas semanas. "Provavelmente observaremos um aumento geral de testes positivos nos próximos dias, assim como aconteceu nas outras duas ondas de 2022", afirma. 

Ainda sobre o assunto, ele explica que "os testes em laboratórios servem como um termômetro, quando há uma alta na positividade no sistema privado é questão de tempo até começarmos a observar isso também na rede pública e de forma mais ampla."

* Com informações da BBC News Brasil 

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