Caminhoneiros cobram Bolsonaro e ameaçam greve: “política cruel de preços”

Os caminhoneiros, em nota divulgada nesta sexta (17), após o anúncio do reajuste dos combustíveis, voltaram a cobrar Bolsonaro e ameaçaram deflagrar greve

Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br   Publicado em 17/06/2022, às 18h37

Agência Brasil

Após a Petrobras anunciar nesta sexta-feira (17) mais um reajuste nos preços dos combustíveis, os caminhoneiros cobraram o presidente Jair Bolsonaro (PL) e voltaram a ameaçar deflagrar uma nova greve. Saiba mais detalhes. 

Com o reajuste, o litro da gasolina de R$ 3,86 passou para R$ 4,06, o que representa um aumento de 5,18%. Já o crescimento do litro do diesel foi de R$ 4,91 para R$ 5,61, chegando a um aumento de 14,26%. o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido popularmente como gás de cozinha, foi poupado. 

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Em nota, caminhoneiros ameaçam greve; saiba mais 

A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) divulgou nova nota hoje e disse que "a verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente, se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve, é o provável". 

Depois de 39 dias do último reajuste, de 8,8%, o novo aumento do diesel acontece. A gasolina estava há quase cem dias sem aumento. À época, subiu 18,7%. O entendimento da associação, que é liderada por Wallace Landim, o "Chorão", é o de que o aumento se deve à política de preços da estatal. 

O líder dos caminhoneiros desde 2018 diz que não ter reestruturado a política de preços da Petrobras foi a grande falha e incompetência do governo Bolsonaro. "Chorão'' também teceu críticas ao Ministro da Economia, Paulo Guedes. 

"O Ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que ficar dando 'xilique' não vai resolver o problema". 

Ele finaliza o texto afirmando que "os caminhoneiros autônomos tem 3 grandes contas para pagar: 1º A nossa casa, (aluguel, comida, luz, água e etc.), 2º o Diesel (sem ele o caminhão não anda), 3º a manutenção do caminhão, essa terceira conta não está sendo paga, colocando em risco sua própria vida e a de terceiros. O caminhoneiro estão sendo esmagado pela inflação e pela alta do diesel".  

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