Brasil encerra 2023 com saldo positivo de empregos formais, apesar de queda em dezembro

Ministro expressou otimismo para 2024, com expectativa de aumento na geração de empregos. Em dezembro o país registrou um saldo negativo de 430.159 postos de trabalho

Pedro Miranda   Publicado em 30/01/2024, às 18h48

Divulgação/JC Concursos

Nesta terça-feira (30), o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelando que o Brasil alcançou um saldo positivo de 1.483.598 empregos formais ao longo do ano de 2023. Apesar do saldo positivo, dezembro apresentou uma queda significativa, registrando um saldo negativo de 430.159 postos de trabalho com carteira assinada.

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Ao analisar o panorama anual, o setor de serviços liderou o crescimento, gerando 886.256 empregos formais. O comércio seguiu de perto, com a criação de 276.528 postos, enquanto a construção contribuiu com 158.940. A indústria e a agropecuária também registraram saldos positivos de 127.145 e 34.762 postos, respectivamente.

Os salários médios de admissão ficaram em R$ 2.037,94. A distribuição geográfica dos empregos formais destacou-se em todas as 27 unidades federativas, com São Paulo liderando com 390.719 postos (3%), seguido pelo Rio de Janeiro com 160.570 postos (4,7%) e Minas Gerais com 140.836 postos (3,2%). As regiões Sudeste, Nordeste e Sul lideraram em termos de geração de empregos.

Ministro expressou otimismo para 2024, com expectativa de aumento na geração de empregos

No entanto, o resultado de 2023 não atingiu as expectativas do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que projetava a geração de mais de 2 milhões de empregos com carteira assinada no ano. Marinho apontou fatores como a informalidade, especialmente na agricultura, e questões econômicas, como juros e endividamento, que tiveram uma queda insuficiente para impactar o mercado de contratação.

Em relação ao resultado de dezembro, o país registrou um saldo negativo de 430.159 postos de trabalho com carteira assinada. Marinho explicou que esse declínio era esperado devido ao ajuste sazonal, sendo dezembro historicamente um mês em que as empresas realizam rescisões de contratos temporários.

Apesar dos desafios, Marinho expressou otimismo para 2024, destacando a expectativa de aumento na geração de empregos, especialmente com a retomada de projetos de infraestrutura. "Do jeito que nós herdamos a gestão do país, eu creio que foi um número razoável. Não vamos comemorar, mas foi um número razoável dentro do primeiro ano de governo", afirmou o ministro.

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