Em 25 anos, Jair Bolsonaro pode ser o primeiro presidente a não se reeleger no Brasil

Com grandes chances de perder as Eleições 2022 no próximo domingo (2), Bolsonaro pode ser o primeiro presidente dos últimos 25 anos a não se reeleger no país. Desde 1997, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC), quando foi aprovada a Proposta de Emenda Constitucional permitindo a reeleição, todos os presidentes foram reeleitos para mais quatro anos de mandato.

O ex-presidente Michel Temer nem chegou a considerar a possibilidade. A exceção que confirma a regra. Mas FHC, Lula e até Dilma conseguiram. Todos três puderam presidir o Brasil, embora FHC tenha sido reeleito no primeiro turno com 53,06% dos votos, quando derrotou Lula com 31,71% e Ciro Gomes com 10,97%.

Nas eleições de 2006, Lula precisou disputar o 2º turno para vencer o pleito. No entanto, venceu Geraldo Alckmin por uma margem significativa – 60,83% a 39,17%. Até Dilma Rousseff, cujo primeiro mandato foi considerado desastroso, conseguiu se manter na presidência, com 51,64% contra 48,36% de Aécio Neves.

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Bolsonaro não se elegeu com facilidade em 2018

Ao longo de toda a trajetória política dele, Bolsonaro sempre recebeu atenção negativa de vários setores da sociedade. Diferente do que muitas pessoas imaginam, o atual presidente Jair Bolsonaro teve que enfrentar um segundo turno quando foi eleito presidente em 2018. Ele competiu arduamente com Fernando Haddad, que era substituto de Lula no pleito daquele ano. E venceu, apenas no segundo turno, com 55,54% dos votos válidos. 

Esse ano, após um governo polêmico desde o primeiro dia do mandato, o capitão de muitos eleitores pode ser derrotado ainda no primeiro turno. De acordo com a pesquisa do Ipec, divulgada nesta segunda (26), Lula poderá vencer as Eleições 2022 com 52% dos votos válidos.

Para a professora Albene Klemi, todas as eleições que ocorreram após a redemocratização representam períodos importantes na história do país. “Olhando objetivamente, dependendo do ponto de vista, dos anseios e da posição política, cada eleitor vai achar uma eleição mais marcante, que pode ser qualquer uma delas”.

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