Após suspensão, Lula defende piso da enfermagem e cutuca Bolsonaro

No último domingo (04), Barroso suspendeu piso salarial da enfermagem por riscos orçamentários ao SUS

Victor Meira   Publicado em 05/09/2022, às 14h47

Reprodução Youtube/Freepik

Nesta segunda-feira (05), o candidato a eleição, o ex-presidente Lula, criticou a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso que suspendeu o piso salarial da enfermagem por risco orçamentário ao SUS (Sistema Único de Saúde). 

Em seu Twitter, Lula aproveitou o episódio para cutucar o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). “Bolsonaro vira as costas para profissionais que lutaram na pandemia. Seu filho votou contra o piso, assim como seu líder de governo”, escreveu o petista. 

“Bolsonaro ainda vetou o reajuste e agora nega-se a destinar recursos para ajudar hospitais, estados e municípios a pagarem melhor os profissionais que salvam vidas. Para arrumar bilhões para seus aliados ele é rápido, mas despreza quem salva vidas no Brasil”, completa o ex-presidente. 

Sempre defendi que a enfermagem tivesse um piso salarial. O projeto aprovado é do @ContaratoSenado, com relatório do @padilhando, ambos do PT. Bolsonaro vira as costas para profissionais que lutaram na pandemia. Seu filho votou contra o piso, assim como seu líder de governo.

— Lula 13 (@LulaOficial) September 5, 2022

Além disso, Lula ainda relatou que sempre defendeu o piso salarial da enfermagem, que foi um projeto do Senador Fabiano Contarato e do ex-ministro da saúde da gestão petista, Alexandre Padilha.

Barroso suspende piso salarial da enfermagem

Em decisão liminar, Barroso suspendeu, no último domingo (04), o piso nacional da enfermagem de R$ 4.750. Como a decisão é liminar, ela ainda é provisória. De acordo com ele, é preciso analisar como ficará o quadro de empregos na área com a aplicação da nova lei.

Com isso, Barroso barrou o piso salarial da enfermagem por entender que a mudança pode gerar problemas financeiros para estados e municípios e provocar o fechamento de leitos por falta de profissionais. 

A decisão do ministro do STF ocorreu após o pedido de análise da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), que entrou na justiça por discordar da consitucionalidade da nova lei. Além disso, a entidade argumenta que o novo piso pode promover uma onda de demissões em massa, uma vez que o setor privado não tem mostrado ter condições para arcar com o reajuste.  

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