Anvisa proíbe uso de substância em alimentos que causou morte de 100 cachorros

O número de cães suspeitos de terem morrido após consumirem alimentos com a substância passou de 100. Anvisa faz orientação para empresas que adquiriram os lotes do produto

Pedro Miranda   Publicado em 13/09/2022, às 00h13

Divulgação/TV Globo

O uso de uma substância encontrada em alimentos para animais, que já matou mais de 100 cães, foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Produzido por uma empresa de Guarulhos, São Paulo, o etilenoglicol altamente tóxico foi encontrado em petiscos analisados ​​pelo Ministério da Agricultura.

A Anvisa recolheu dois lotes de produtos com propilenoglicol da Tecno Clean. Na indústria alimentícia, este produto é utilizado como espessante e conservante. Mas análises do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento detectaram contaminação por etilenoglicol em guloseimas para cães feitas com propilenoglicol.

O etilenoglicol é um produto químico corrosivo e altamente tóxico que pode causar insuficiência renal e hepática. A ingestão é considerada uma emergência médica e pode resultar em morte. Durante a investigação, o órgão determinou que os ingredientes contaminados também podem ter sido distribuídos para fábricas de alimentos humanos. Por isso, a Anvisa decidiu recolher e proibir a comercialização de ambos os lotes.

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Anvisa faz orientação para empresas que adquiriram os lotes do produto

A orientação da Anvisa é que as empresas que adquiriram esses lotes não utilizem o produto e entrem em contato com o fabricante para trocas e devoluções. A Agência Brasil tentou entrar em contato com a Tecno Clean, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte, mas não obteve resposta.

No site, a empresa se posiciona como uma indústria que produz glicerina duplamente destilada, que é utilizada na fabricação de vernizes, lubrificantes, plásticos e corantes, entre outros. O número de cães suspeitos de terem morrido após consumirem alimentos produzidos em uma fábrica em Guarulhos, Basal, ultrapassou 100, segundo um grupo de tutores de animais que se organizou para tentar encontrar vítimas dos petiscos contaminados.

Em nota, a Bassar confirmou que a análise dos snacks revelou contaminação por etilenoglicol em um lote de matéria-prima enviado por seus fornecedores. Mas a nota não listava o nome da empresa.

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