Promotor explica como é o trabalho no MP

Interessados em atuarem no Ministério Público precisam manifestar vocação e espírito público. Salário inicial corresponde a R$ 14 mil.

Redação   Publicado em 07/05/2012, às 10h10

Para quem enxerga o direito como um campo de atuação quase ilimitado, trabalhar no Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP) é uma opção a ser considerada. E esta abrangência se torna um dos principais diferenciais da área, segundo o diretor do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional - Escola Superior do MP/SP e procurador de justiça, Mário Luiz Sarrubbo.
“Esta é uma das características mais atraentes, uma vez que o campo de atuação é muito grande. Trabalhamos, fundamentalmente, em defesa da sociedade, podendo instigar contra o Estado, se preciso for, contra grandes corporações privadas ou públicas e contra as que maltratam o meio ambiente, por exemplo”, explica.
Mas se, por um lado, atuar em prol do bem social pode ser muito gratificante, ainda mais para quem se identifica com a função, por outro a dedicação é uma das características que precisa falar mais alto no posto.
“O trabalho é relutante. Costumo dizer que trabalhamos de sol a sol porque, muitas vezes, a atuação não se restringe ao processo; o procurador pode comandar investigações na área criminal ou de direitos difusos. É uma atividade ampla que permite sair do gabinete, acompanhar as perícias, atender o público”, diz.
Sem as limitações da vida forense, a carreira exige três anos de exercício como advogado e muita vocação e espírito público. “O promotor é um agente político que precisa ter consciência social, pensar em prol da sociedade”, resume Sarrubbo.
O ingresso na carreira se dá por meio de concurso público, no cargo de promotor de justiça substituto. No estágio inicial, o profissional recebe remuneração de R$ 14 mil e pode atuar em várias frentes. 
Já na entrância intermediária, com seis a sete anos no cargo, o promotor pode partir para a especialização em setores como meio ambiente; infância e juventude; área de família, ou criminal, que é o carro chefe da carreira. A entrância final, após 20 anos como servidor do MP/SP, transforma o promotor em um procurador de justiça, por promoção, e os salários atingem os aplicados para os servidores do STF.
Pâmela Lee Hamer